Plateia: Êêêêêêêêêêêêê!!!
Ivete: Que liiiiindaaaa!!!
Plateia: Êêêêêêêêêêêêê!!!
Ivete: Meu Deus! Que maraviiilha! Como é o seu nome, princesa?
Menina: Meu nome é Safira.
Ivete: Safira! Quanto anos você tem, Safira?
Safira: Eu tenho nove!
Victor: Da onde você vem Safira?
Safira: Eu sou de Guaxupé, Minas Gerais.
Léo: Ah ê! Minas Gerais!!!
Plateia: Êêêêêêêêêêêêê!!!
Carlinhos Brown: Safira! Você... é uma pedra preciosa!... É um presente dos céus! Uma obra prima que o ser criador maior... nos presenteou nesta tarde! Os anjos dizem amém! Os orixás os acompanham! Vamos todos dar um grande ajaiô para Safira? Vamos? AJAIÔ!!!
Plateia: Êêêêêêêêêêêêê!!!
Léo: Safira, conta pra gente quais são suas influência musicais? Você tem alguém na família que te ensinou a cantar?
Safira: Foi meu tataravô.
Léo: Seu tataravô?
Safira: É... na verdade ele não é bem o meu tataravô. Ele é a vigésima-quinta geração antes de mim, pelo lado da minha mãe.
Victor: Que legal! Olha, Safira, enquanto você cantava, eu tava aqui conversando com o Léo e a gente tava lembrando da nossa infância e do nosso avô, quando ligava o radinho pra gente ouvir e a gente começou a experimentar a divisão de vozes. Era muito desafiador e a gente teve que treinar muito. Ouvindo você hoje, cantando quatro vozes ao mesmo tempo, com tanta facilidade, com tanta maestria, eu posso afirmar categoricamente: você é um fenômeno!
Plateia: Êêêêêêêêêêêêê!!!
Safira: Obrigada!
Ivete: E eu tenho que dizer: eu fiquei arrepiada. Aliás, eu tô hipnotizada! Quando você começou a sobrepor uma voz com outra e mais outra eu fiquei me perguntando se era realmente uma criança. Interpretando uma canção coral, do período renascentista...
Carlinhos Brown: Josquin Deprez!
Ivete: Isso mesmo! Do mestre renascentista Josquin Deprez! Uma peça difícil, mesmo pra quem canta apenas uma voz, num estilo musical do século quinze, bem distante do nosso tempo... Mas aí eu virei a cadeira e vi... uma lindeza!... cantando... dançando... flutuando por cima da plateia... emitindo luz própria...
Léo: E tudo isso a capella e sem perder o tom! Você optou por cantar em italiano quinhentista, dançar, voar e piscar, mas manteve a afinação, manteve a dicção... a divisão...
Ivete: E essas buchechinhas? E esse cabelinho? Quanta lindeza, mulé!
Plateia: Ahahahahahahah!
Safira: Obrigada!
Carlinhos Brown: Safira, e a escolha dessa canção chamada El grillo è buon cantore... foi muito bem feita... porque o que nós estamos vendo aqui hoje... é um pequeno e meigo grilo...
Safira: Re-re-rê!...
Carlinhos Brown: ...mostrando que realmente é um bom cantor! Mas, como diz a canção... não faz como os outros pássaros... que depois de cantar um pouco... vão para outro lugar... mas sempre fica firme.
Victor: E eu quero frisar aqui, Brown, diante da letra da música que você recitou e de tudo o que você disse, que apesar de interpretar quatro vozes simultaneamente, você canta como uma criança.
Leo: Como quatro crianças.
Victor: Como quatro crianças, o que é a essência desse programa, que é descobrir talentos infantis. Você e o seu tataravô estão de parabéns.
Plateia: Êêêêêêêêêêêêê!!!
Safira: Obrigada!
Ivete: Agora, mulé! Tá na hora de você dizer com quem você vai ficar!
Safira: Olha! Eu amo todos vocês! Victor e Leo, eu acompanho vocês desde que vocês eram criancinhas... Ivete, você é uma diva... Brown, você é muuuuito cheiroso!... Mas hoje eu vou ficar...
(Música de suspense. Close no rosto de cada um dos técnicos)
Safira: ...com a Veveta!
Plateia: Êêêêêêêêêêêêê!!!
Ivete: O que??? Ela me escolheu!!! Meu Deus! Vem cá, mulé! Dá aqui um abraço! Olha, nós vamos passear muito, comer acarajé, vou levar você pra cantar no meu trio elétrico...
Carlinhos Brown: Vamos todos dar uma ajaiô pra Safira? AJAIÔ!
Plateia: Êêêêêêêêêêêêê!!!
Carlinhos Brown: AJAIÔ!!!
Plateia: Êêêêêêêêêêêêê!!!
Páginas
8 de fev. de 2017
12 de dez. de 2014
Admiração e Ceticismo
Me lembro de um texto de Carl Sagan (mas não me lembro agora qual), onde ele falava sobre a admiração e o ceticismo como sentimentos imprescindíveis a um cientista. A admiração pelo objeto de estudo leva o indivíduo a buscar a ciência. O ceticismo o segura no chão, e não o deixa se perder nessa admiração.
Penso que esse comportamento é importante em qualquer ramo das ciências, seja naturais, humanas, exatas, pseudociências, e até mesmo outras áreas do conhecimento: as tecnologias, as linguagens, as artes, a filosofia.
Digo isso porque, recentemente me aproximei pela primeira vez de uma certa ciência (que não vou citar o nome pra não ofender a dita) e, diante da minha dificuldade de entender um discurso de algo que parece tão simples, comecei a suspeitar de que há nos estudiosos da área uma grande admiração por ela, mas pouco ceticismo quanto ao seu modo de fazer as coisas. E isso me fez lembrar do meu irmão que a vida inteira tentou aprender a teoria musical, mas nunca conseguiu, porque sempre contestou o sistema, não aceitando, por exemplo, que haja 7 teclas brancas e 5 pretas dentro da escala e não 12 notas iguais. O caso dele é de muito ceticismo e pouca admiração, oposto ao da ciência que mencionei.
Entendo que a admiração leva o indivíduo ao bom domínio da área. O ceticismo, no entanto, pode levá-lo ainda mais longe, podendo superar os limites.
Penso que esse comportamento é importante em qualquer ramo das ciências, seja naturais, humanas, exatas, pseudociências, e até mesmo outras áreas do conhecimento: as tecnologias, as linguagens, as artes, a filosofia.
Digo isso porque, recentemente me aproximei pela primeira vez de uma certa ciência (que não vou citar o nome pra não ofender a dita) e, diante da minha dificuldade de entender um discurso de algo que parece tão simples, comecei a suspeitar de que há nos estudiosos da área uma grande admiração por ela, mas pouco ceticismo quanto ao seu modo de fazer as coisas. E isso me fez lembrar do meu irmão que a vida inteira tentou aprender a teoria musical, mas nunca conseguiu, porque sempre contestou o sistema, não aceitando, por exemplo, que haja 7 teclas brancas e 5 pretas dentro da escala e não 12 notas iguais. O caso dele é de muito ceticismo e pouca admiração, oposto ao da ciência que mencionei.
Entendo que a admiração leva o indivíduo ao bom domínio da área. O ceticismo, no entanto, pode levá-lo ainda mais longe, podendo superar os limites.
1 de out. de 2014
Viralizei
Tá bom, uns sete criadores mais uns vinte simpatizantes não é bem um viral. Mas pra um cara como eu, que voa a cinco metros do chão, ou melhor, que só entra no mar pra surfar sem prancha (ainda quero escrever um post sobre o nome desse blog), é um feito e tanto!
Começou com a história do Totó. A partir de uma inspiração vinda da minha cadelinha Nikita, que nunca late a noite, bolei o primeiro #microconto pro feissibuc e logo em seguida mais dois. A repercussão foi boa e a coisa pegou. Quando eu menos esperava, tinha amigo de amigo de amigo postando microcontos na timeline, quando não em comentários de outros posts, ou achando que qualquer post escrito pudesse ser um microconto.
O cúmulo mesmo foi hoje quando mandei um torpedo pra minha mãe pra contar do resultado de uma reunião e ela me perguntou se aquilo era um microconto...!
Segue aqui uma série de microcontos que mais gosto. Muitos autores seguiram seus próprios estilos e universos, mas teve gente que não conseguiu se desapegar do meu Totó.
Começo pelos meus do Totó.
Sugiro que você leia os comentários dos posts, porque tem microcontos escondidos neles.
Começou com a história do Totó. A partir de uma inspiração vinda da minha cadelinha Nikita, que nunca late a noite, bolei o primeiro #microconto pro feissibuc e logo em seguida mais dois. A repercussão foi boa e a coisa pegou. Quando eu menos esperava, tinha amigo de amigo de amigo postando microcontos na timeline, quando não em comentários de outros posts, ou achando que qualquer post escrito pudesse ser um microconto.
Imagem meramente ilustrativa. Data de validade no fundo do pote. |
O cúmulo mesmo foi hoje quando mandei um torpedo pra minha mãe pra contar do resultado de uma reunião e ela me perguntou se aquilo era um microconto...!
Segue aqui uma série de microcontos que mais gosto. Muitos autores seguiram seus próprios estilos e universos, mas teve gente que não conseguiu se desapegar do meu Totó.
Começo pelos meus do Totó.
Sugiro que você leia os comentários dos posts, porque tem microcontos escondidos neles.
Publicação by Osias Jota.
Publicação by Osias Jota.
Publicação by Osias Jota.
Publicação by Osias Jota.
Publicação by Osias Jota.
Publicação by Osias Jota.
25 de set. de 2014
Filhos de Messi
Lá se vão uns 3, quase 4 anos de blog parado. Resolvi fazer esse post pra experimentar se ainda vale a pena mantê-lo vivo.
Uma de minhas diversões atuais tem sido o Flickr. Cada dia vejo mais profissionais nele. E um dos recursos interessantes que ele tem é a tal da exposição, que consiste em escolher até 18 fotos de outros usuários e criar uma coleção com elas, sob um tema.
A exposição Filhos de Messi é uma delas, que eu fiz. Veja abaixo:
4 de abr. de 2011
Prova de Filosofia da Arte
4ª Questão
Assista ao vídeo abaixo e escreva uma resenha. Se não quiser, não escreva, mas assista!
Assista ao vídeo abaixo e escreva uma resenha. Se não quiser, não escreva, mas assista!
22 de fev. de 2011
Prova de Filosofia da Arte
As questões 02 e 03 se referem às duas imagens abaixo.
(I)
(II) |
http://www.barbalonga.xpg.com.br/wp-content/uploads/2011/02/oquetememsuasmaos.gif |
2ª Questão
Explique
a) a inovação tecnológica ocorrida em cada um dos momentos históricos em que se passam as duas tiras;
b) como essas inovações influenciam nos modos de transmissão cultural;
c) o impacto social que cada uma delas traz.
3ª Questão
Comente o modo como a metalinguagem é explorada em cada uma das tiras e as especificidades de cada um dos meios citados e/ou utilizados nas tiras.
Dê suas respostas nos comentários.
OBS: Não cole as respostas do colega que respondeu anteriormente.
Explique
a) a inovação tecnológica ocorrida em cada um dos momentos históricos em que se passam as duas tiras;
b) como essas inovações influenciam nos modos de transmissão cultural;
c) o impacto social que cada uma delas traz.
3ª Questão
Comente o modo como a metalinguagem é explorada em cada uma das tiras e as especificidades de cada um dos meios citados e/ou utilizados nas tiras.
Dê suas respostas nos comentários.
OBS: Não cole as respostas do colega que respondeu anteriormente.
8 de dez. de 2010
Prova de Filosofia da Arte
1ª Questão
Visite os dois links abaixo e responda:
a) Qual dos dois artigos apresenta arte e qual dos dois apresenta técnica?
b) É necessário o domínio da técnica para se produzir uma obra de arte? Comente.
c) Tomando como base o que foi observado nos dois links, desenvolva uma definição de arte que justifique as respostas dadas aos itens a e b.
I) http://migre.me/2NEhj
II) http://migre.me/2NEln
Utilize os comentários desse post para sua resposta.
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